sábado, 5 de fevereiro de 2011

Revolta


Talvez a morte me caia bem.
Talvez uma doença maléfica me faça acordar.
Talvez a raiva seja a chave para se viver bem.
Qual será a coisa certa a fazer?

Cansei de implorar a morte e a morte não chegar,
Só quero esquecer minhas origens,
Esquecer o que já passou,
Quero uma vida nova;
Sem ninguém que possa me magoar.

Não quero e nem preciso da pena de ninguém,
Não quero me fazer de vitima,
Quero apenas mostrar a realidade.
Cansei de derramar lágrimas,
Não quero falar com ninguém,
Não mereço o amor,
Não mereço nada a não ser a paciência,
Pois é a minha única solução possível atualmente.

Não tenho ninguém,
A vida não tem mais sentido,
Imploro para ver o sol de cada dia nascer,
Imploro para que o mar me arraste para junto de seu leito.

A raiva e o ódio não fazem parte de mim,
Talvez a enfermidade esteja a me procurar
E é isso que desejo.
Minha vida anda no preto,
Quero deixá-la caminhar apenas no azul,
Azul do mar, azul do céu.

Eu posso não estar bem hoje e isso é por sentir magoa da vida,
Porem não tenho uma vida para ter magoa.
Tenho um mundo enorme a minha volta,
Porem sob minha concepção de tristeza no dia de hoje,
O meu mundo se resume ao aconchego de meu quarto,
E as minhas palavras e poesias amadas.

As pessoas dizem pouco com muitas palavras,
Mais isso porque elas não vêm o mundo da forma que ele se encontra.
Eu por outro lado quero dizer muito com poucas palavras,
Porem não sei se isso é possível.

Natasha Leão
13/12/2009

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