sábado, 5 de fevereiro de 2011

Prazer sou ninguém, mas pode me chamar de nada




Perguntam-me porque me esconder do mundo,
Sei bem que sou anti-social.
Porém prefiro ficar trancada dentro de um casulo,
Pois assim terei como culpar a vida por meus erros.
Um dia eu aprenderei.
Sei que de nada irá resolver,
Mas às vezes é bom ficar só.

No meu caso é bom às vezes ter com que contar,
Ter alguém em que possa apoiar-me.
O que não é tão fácil de encontrar;
Ao menos não para mim,
Talvez seja minha personalidade forte,
Ou apenas eu que não devo gostar de me socializar.

E então em minhas frases sem nexo desabafo,
Finjo ser quem jamais serei.
Tento igualar-me a meus ídolos que já se foram:
A como eu queria apenas um misero conselho de um deles,
Apenas um conselho de Renato Manfredini Júnior mudaria meu mundo.

Minha vida inteira vivi tentando agradar a todos.
Mesmo sabendo ser impossível,
Nunca desisti, não até hoje.
Chega uma hora que cansamos de viver uma vida que não é nossa,
Uma vida que você é apenas uma marionete nas mãos alheias.
Viver sem sentir-se realmente vivo.

Tento parar esse ciclo vicioso,
Não sei se sou forte o bastante para isso.
Não preciso passar por teste nenhum para provar do que sou capaz.
O certo não é guerrear para provar força.
Não é correto fazer com que um inocente sinta o cano frio de uma arma em sua cabeça.
Por que então deixar que isso ocorra?
Se existe tanta bondade?
Não é preciso fazer guerra para provar quem merece ou não o perdão.
Mas quem sou eu com minhas frases sem sentido?
Que direito eu uma mera mortal tenho para dizer-te isso?
Eu sou apenas ninguém ou nada.
As cartas estão na mesa agora quem escolhe se quer jogar é você.

Natasha Leão
16/11/2010

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