quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Crise reflexiva



Quero ser diferente,
Amo por paixão,
Apaixono-me por amor;
Enlouqueço por diversão.
Transbordo de raiva.

E então quem sou eu?
Não me reconheço,
Às vezes desejo a morte,
Corto os pulsos por prazer;
Minhas mãos sangram e mancham a parede.
O que é belo?

Preciso de liberdade,
Mas não sei como possuí-la.
Acho até que a tenho,
Mas não sei como desfrutar dela.
É tudo tão novo tão estranho,
E ao mesmo tempo tudo tão antigo tão monótono.

Não é e nem seria justo cobrar que me compreendam,
Quando se quer consigo me auto-compreender.
Não desejo piedade,
Quando se quer a tenho.
Não peço perdão,
Pois não me arrependo.
E é assim que vou vivendo,
Em conflitos constantes comigo mesma.

Natasha Leão
04/12/2010

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