quarta-feira, 29 de junho de 2011

Diversificando

Hoje eu quero repousar

E fazer qualquer coisa que se torne um nada

Hoje eu quero ser nada,

além do que sou!

Não quero pensar, criticar e nem reprovar

Quero apenas sonhar e sorrir.

Esquecer o que se passou

Por um momento fechar os olhos e poder ver as coisas do meu jeito

Ver a beleza de uma fotografia

Iludir-me ao achar que existe uma solução,

pois quem sabe não a encontramos.

Fugirei do que é amargo,

Apenas irei saborear o doce.

Não verei os erros,

Para estes meus olhos estarão vendados

Verei a simplicidade

E sentirei alegria.

Não julgarei um livro pela capa,

Sem antes conhecer sua história.

Hoje não quero ser eu mesma

Hoje quero me alegrar.

Quero escrever versos belos

E ver que tudo pode ser perfeito,

Só basta sonhar.

Natasha Leão

29/06/2011

terça-feira, 28 de junho de 2011

O espelho

Ela desabou!

Sua vida tomou o rumo contrário

Tudo foi confusão

Passou a não sentir

Seus medos a machucaram

Sua mente fez planos.

Refletindo seus erros e medos

Fazendo-a refletir seus atos

Distorcendo a verdade

Via tudo ao inverso

Sua vida não se passou de um espelho

Ela enxergava o contrário.

Sua vida não se passou de um espelho

Via tudo ao inverso

Distorcendo a verdade

Fazendo-a refletir seus atos

Refletindo seus erros e medos

Sua mente fez planos.

Seus medos a machucaram

Passou a não sentir

Tudo foi confusão

Sua vida tomou o rumo contrário

Ela desabou!


Natasha Leão

29/06/2011

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O que nem toda bebida me faz esquecer

Sinto-me destruída, porém ainda iludida
Demonstro força
apenas por medo.
Medo de machucar-me,
Pego um copo e sirvo-me uma dose
E outra em seguida.
Simplesmente nada.
Apesar de ter a força de vontade tenho também consciência.
O que me aniquila
Transformo-me em um nada
Nem cinzas, nem rosas, nem olho ou olhar.
Acreditei em uma mentira,
Sustentei-a com devoção
Fiz de mim um brinquedo em suas mãos
Fez-me por um momento sentir-me essencial
Até que por fim cansastes,
E resolveste destruir-me
Aos poucos...
Fazendo-me vil.
Fujo de ti.
Então me persegue,
Trazendo consigo lembrança e dores.
Tudo de que evitei até então
Transbordo em agonia
Sirvo-me outra dose,
Sinto-me reles.
Perco as esperanças,
Se é que um dia as tive.
Desapareço em mim!
Desapareço de mim!
Simplesmente desapareço.

Natasha Leão
26/06/2011

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Frívola

Sinto-me estranha

É como se todos os dias eu estivesse caindo

mas cair como se eu se quer tenho vontade de levantar.

Sinto medo!

Na realidade nunca revelei meus pensamentos;

meus temores deixei-os em oculto,

disfarcei minhas dores,

tentei sempre desnortear.

Suspeitei!

Senti que talvez estivesse dizendo a verdade

chorei,

sofri.

Enganei-me da pior forma

Fiz-me acreditar em minhas próprias ladainhas

Sem saber o rumo no qual chegaria

Desabei!

Cai de mim;

Sei que é estranho

Mas aconteceu.

Abrandei-me!

Tranquei meus sentimentos para não mais sentir dor;

distantes,

não o suficiente.

Julguei ser o melhor

Errei!

Não é possível viver sem sentir;

Uma vida sem sentimentos é pior

Pois só nos resta a curiosidade.

Tentamos desvendar mistérios

Tornamos-nos críticos;

até que passamos a nos auto-criticar,

vemos nossos erros

descobrimos o que falta,

tentamos corrigi-los até não termos mais forças.

Percebemos o fim!

É como se caíssemos todos os dias.

Natasha Leão

03/06/2011