sexta-feira, 1 de abril de 2011

Monotonia


Os dias são todos iguais;

Viramos escravos do dinheiro.

Levantamos cedo, trabalhamos, estudamos

Prezando um futuro melhor

Para colocar comida na mesa,

Pagar contas...

Todos os meses acabam iguais.

Tentamos fazer o diferencial,

Mas no fim nos damos conta de que nada mudou.

Os cachorros continuam na porta nos esperando,

Os gatos continuam fugindo,

E os pássaros continuam nos irritando.

A humanidade continua a mesma!

O cigarro continua aceso.

A guerra não acabou,

E não acabará até que todos caiam.

O copo continua cheio,

Transbordando cotidiano.

O ciclo nunca muda!

Os fieis continuam indo as igrejas procurar perdão,

Continuam passando por testes divinos.

Continuam achando que tudo que dá errado é demônio,

E não porque erraram.

Na realidade eles não aceitam os próprios erros.

As orações ainda são iguais!

Nada muda.

Os anos passam,

A realidade se distorce, e avança

Em pouco tempo volta a regredir.

Sempre os mesmos sermões,

E continuamos cometendo os mesmos erros!

O leito de morte é sempre triste;

A louça sempre volta para pia.

A casa sempre suja novamente.

As fotografias sempre envelhecem.

Nós sempre envelhecemos,

Assim como aconteceu com nossos antepassados!

A vida pode ser comparada a uma droga,

No começo você fica feliz,

Depois fica monótono.

No fim quando percebemos o que se passou já é tarde,

Já estaremos no fim!

As lágrimas são sempre salgadas;

A tristeza sempre dói;

A vingança é sempre cruel;

O amor sempre terá um destino;

A felicidade sempre estará em algum lugar;

As mulheres continuam perdendo seu valor.

As lições são sempre as mesmas;

O cigarro apaga.

Os cortes sempre deixaram marcas,

O suicídio sempre será a última escolha,

Copo fica vazio.

E sempre o mesmo adeus!

Natasha Leão

31/03/2011


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