Ando sem rumo,
Pulo no mar,
Com esperança de não voltar.
Mas esse foi apenas um pensamento de curta duração.
E ainda sim estou aqui!
Memória dolorosa,
Também irrelevante.
Ah, nobre coração.
Sempre tão frágil,
E para mim com tão pouca utilidade.
Por favor, não se esqueça de bombear meu sangue!
É o pouco que pode fazeres por mim.
Rios de lágrimas deixo fluir,
Escorrem e mancham minha face.
Corro mais do que nunca.
E minha fuga será inútil,
Pois o que me persegue jamais me abandonara.
Cale-se pássaro sem asas.
Seu som assombra meus ouvidos
E fazem de mim um poço de raiva.
Agora vá!
Encontre seu destino
Deixe que eu faça o meu sem teus palpites frágeis.
Tão frágeis como suas asas,
Que de ti foram arrancadas.
Sim, temo que tenha voltado.
Não creio que teve a audácia de vir.
Já disse que não quero,
Cansei de ter que pensar minhas atitudes e arrepender-me.
Mesmo assim você apareceu.
Ah, Consciência!
Deixe-me.
Você fez de mim frágil.
Não mais a quero ver.
Ficarei aqui!
Em meu lugar,
Já desfiz meu plano de fuga
Agora vou descansar.
Cansei de ouvir sua ladainha sem fim.
E está sou eu;
Presa em meu mar de devaneios infinitos.
Sinto-me presa a algo que não devia,
Ainda sim estou aqui!
Confusa, talvez um pouco aflita.
Natasha Leão
28/04/2011
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