quinta-feira, 28 de abril de 2011

Consciência!

Ando sem rumo,

Pulo no mar,

Com esperança de não voltar.

Mas esse foi apenas um pensamento de curta duração.

E ainda sim estou aqui!

Memória dolorosa,

Também irrelevante.

Ah, nobre coração.

Sempre tão frágil,

E para mim com tão pouca utilidade.

Por favor, não se esqueça de bombear meu sangue!

É o pouco que pode fazeres por mim.

Rios de lágrimas deixo fluir,

Escorrem e mancham minha face.

Corro mais do que nunca.

E minha fuga será inútil,

Pois o que me persegue jamais me abandonara.

Cale-se pássaro sem asas.

Seu som assombra meus ouvidos

E fazem de mim um poço de raiva.

Agora vá!

Encontre seu destino

Deixe que eu faça o meu sem teus palpites frágeis.

Tão frágeis como suas asas,

Que de ti foram arrancadas.

Sim, temo que tenha voltado.

Não creio que teve a audácia de vir.

Já disse que não quero,

Cansei de ter que pensar minhas atitudes e arrepender-me.

Já disse para ir e não mais me procurar.

Mesmo assim você apareceu.

Ah, Consciência!

Deixe-me.

Você fez de mim frágil.

Não mais a quero ver.

Ficarei aqui!

Em meu lugar,

Já desfiz meu plano de fuga

Agora vou descansar.

Cansei de ouvir sua ladainha sem fim.

E está sou eu;

Presa em meu mar de devaneios infinitos.

Sinto-me presa a algo que não devia,

Não queria.

Ainda sim estou aqui!

Confusa, talvez um pouco aflita.

Natasha Leão


28/04/2011

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