Não sei explicar,
Neste momento nada se passa pela minha mente
Minha capacidade de atenção desapareceu
Tudo que consigo fazer é escrever frases sem sentido algum.
Apenas explicando como me sinto.
Quando paro parece que a cada vez tudo piora,
Tento tirar a atenção da dor,
Ah, essa dor que me desconcerta
Algo inexplicável,
Nada vem a tona neste momento
Não posso nem se quer erguer a cabeça.
PARE!
Este som que mais se parece ruído,
Está me enlouquecendo.
CALE-SE!
Sinto a morte,
Perto, bem perto.
Meu remédio tornou-se veneno
Nada mais funciona,
Chego até a cogitar sentir o doce sabor que me persegue há tempos,
Ah, doce morte!
Vinde a mim como sendo eu sua,
Não sei mesmo quem sou.
Meus sentimentos transformam-se,
Tornando-se mais fortes e quase impossível suportá-los.
Estou perdida!
Talvez novamente dentre meu ludíbrio pensamento!
Diga-me então, quem sou?
Novamente minhas dúvidas vêm à tona!
SALVE-ME!
SOCORRO!
Não desejo ajuda,
Desejo a cura.
Sinto a morte, salve-me.
Minha respiração torna-se ofegante,
Minha temperatura eleva-se de forma inadequada, incomum
E num repente cede fazendo-me fria.
SALVE-ME!
CURE-ME!
Preciso encontrar a cura.
Estou piorando,
Tento tirar minha atenção de minhas dores, lembranças, tristezas.
SOCORRO!
Sinto-me tremula,
Mal consigo segurar o lápis.
Não me sinto,
Não sinto o toque,
Em seu lugar sinto apenas frio.
Arrepios constantes
Meus batimentos cada vez mais rápidos.
CALAFRIOS!
Sabor amargo na boca.
Neste momento só o que passa em minha mente é sucumbir.
Aos poucos meu sangue passa a circula pelas artérias novamente,
Transportando o oxigênio necessário.
Minha pulsação se apazigua aos poucos
Sinto-me melhor.
Mas não curada.
Natasha Leão
12/05/2011
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